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Silêncio

Silêncio Quando a noite tece seu bordado de estrelas, e a lua formosa derrama sua luz sobre o mundo, meu peito aperta-se na vastidão do silêncio, que invade cada canto. Quero abrir as janelas… Mas o canto dos grilos explode em sinfonia ensurdecedora. Quero sair para espiar o céu… Mas a escuridão me assusta. O farfalhar das folhagens dos arbustos parece murmurar segredos — ou assombrações. E a chuva, quando cai forte, vem como nos filmes de suspense, congelando meus passos no vazio da noite fria… Então, lembro-me das luzes da cidade grande. Nada me assustava outrora: Carros barulhentos, motos, ônibus, metrô; Gente limpando calçadas à meia-noite; Meninos e meninas chegando das festas, em algazarra, como passarinhos, uma, duas, três horas da madrugada. Tudo era vida, tudo era normal. As pessoas saindo para o supermercado à meia-noite, o cinema, as baladas, o burburinho que me fazia sentir em casa, mesmo estando só. Nunca senti medo. Mesmo dirigindo sozinha, voltando das faculdades, das re...
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Lavando a Alma

Lavando a alma Limpando as gavetas Arejando o estofo Arrumando a roupa Tirando o mofo Enfim... Passando a limpo Lavando a alma Tentando salvar um pouco de tudo o que ainda sobrou de mim Hoje estou assim! M I Carpi

Sonhos

 SONHOS Se os moradores  da cidade entendessem a poesia como tal, então, nas teias dos sonhos a edificariam, em concretude real .

Metáfora

Metáfora Em Metáfora, a autora revela o cerne de sua escrita: a capacidade de ver o invisível, de nomear o indizível. O poema é um espelho da própria arte poética — um exercício de transfiguração, onde o real se veste de símbolo e o sentimento ganha forma de imagem. A metáfora, para a poeta, não é apenas um recurso da palavra, mas um modo de existir. Ela traduz a alma — transforma o cotidiano em poesia, o silêncio em sentido. É como se cada verso fosse uma ponte entre o que se vive e o que se sonha, entre a dor e o consolo. Nesse espaço simbólico, o eu lírico se torna universal. O que era pessoal se amplia; o íntimo ganha voz coletiva. Assim, Metáfora não fala apenas sobre escrever, mas sobre sobreviver — sobre continuar nomeando o mundo, mesmo quando ele parece em ruínas. É o gesto da poeta madura: transformar o tempo em palavra, e a palavra, em permanência. Análise poética  por IA Metáfora  Muitas vezes sou mulher outras, eu sou menina. Às vezes sou metáfora outras tantas, m...

Luzes do amanhecer

Dias sombrios Hoje minha alma sabe dos conflitos e anseios, que atormentaram  os dias sombrios de minha juventude. E me fizeram calar  para poetar e  entender os aromas  da primavera,  melhor que ninguém! E me fizeram enxergar  as luzes do amanhecer,  mais que os pássaros  no céu de abril. Somente hoje eu sei das perguntas  sem respostas,  em meu ser inquiridor,  que me fizeram querer saber, mais que todos, os mistérios da vida e talvez, por isso mesmo, ser assim como sou exigindo demais  da vida, enfim! Maria inês!

Segredos

Segredos  E se a brisa que passa contasse a todos  os meus anseios e todos os sonhos meus? E se me desse saber Por apenas alguns instantes que fosse, aquele segredo guardado diante de tantas angústias, tristes dias meus? Por certo eu saberia que tudo passa e a dor, essa também passaria  e em seu lugar deixaria essa paz  que agora guardo  em meu ser. M I Carpi

Céu de Abril

Céu de Abril Queria ser como os pássaros. Eles, que a cada dia deixam um rastro de alegria, pelo céu, onde passar. Em meio a gritaria sem fim parece que chamam por mim num cenário espetacular. Eu, que antes incrédula reconheço, enfim, no encanto do céu de abril a presença de Deus, que posso agora contempla r